“Nunca me vi fazendo outra coisa. Desde pequeno me interessava muito pela área, por poder cuidar e ajudar as pessoas”. As palavras não deixam dúvidas de que o Dr. Caio Guimarães Neves fez a escolha certa com relação à vida profissional. Hoje, aos 32 anos, ele é o mais novo integrante da equipe de Oncologia – especialidade que lida com tumores e cânceres – do Hospital Daher, unidade de saúde referência no Distrito Federal.
O jovem médico é natural de Guaratinguetá, município a aproximadamente 180 km da capital paulista, considerado um dos mais bonitos do Vale do Paraíba. Em 2004, ele fez as malas e abriu mão da paisagem que mistura religião e misticismo – devido aos diversos monumentos construídos no período colonial. O motivo era justo: ingressar na Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ) e se preparar para um ramo que o atraía muito. “A oncologia veio junto com o desejo de ser médico. Eu entrei na faculdade com a certeza da especialização futura”, conta.
O preço da decisão foi uma carga pesada de estudos e muita persistência. Afinal, os avanços da ciência exigem uma atualização constante. Mas o futuro doutor foi firme nos objetivos e concluiu o curso em 2009. Logo após a formatura, passou um tempo marcado por idas e vindas entre a cidade da garoa e a cidade maravilhosa. Durante um ano, trabalhou no interior de São Paulo. Em seguida, fez residência de Clínica Médica, por dois anos, no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. Mas o foco não era a Oncologia? E foi mesmo. A experiência na especialidade tão desejada durou três anos pela PUC-SP, e um mês no MD Anderson, em Houston no Texas, um dos maiores centros de Oncologia do mundo.
Em maio deste ano, o Dr. Caio Neves desembarcou em Brasília com toda essa bagagem adquirida nos últimos anos para cumprir a importante missão de contribuir na consolidação de um serviço de ponta no Hospital Daher. “Queremos oferecer o que há de mais atual. A demanda de pessoas com diagnóstico de câncer vem aumentando a cada dia. É preciso garantir qualidade não apenas no tratamento, mas também nos cuidados primários voltados à prevenção”, explica.
Quem escolhe a Oncologia sabe que terá uma rotina delicada. No dia a dia desse profissional, está a tarefa de receber todos os dias no consultório pessoas com as marcas físicas e psicológicas provocadas pela patologia, que a Medicina ainda não conseguiu desvendar. “Lidamos com uma doença ainda cheia de estigmas, portanto temos que dar o máximo de conforto e força aos nossos pacientes. A multidisciplinaridade tem um contexto fundamental no combate. A equipe do Daher está devidamente qualificada para isso”, avalia.
Os números assustam. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o fim de 2016 haverá quase 600 mil novos casos no Brasil, sendo que 295.200 em homens e 300.870 em mulheres. Pele, próstata, mama, intestino grosso, pulmão, colo do útero e estômago devem ser os alvos mais comuns, conforme a previsão.
As estatísticas exigem, de um lado, um esforço concentrado na luta para achar a substância que colocará um freio na doença. E, de outro, profissionais cada vez mais preparados para – diante da ausência da cura – manterem um outro olhar. “Vivemos num país em desenvolvimento, portanto temos muito o que melhorar por aqui. Mas não há como esquecer que novas esferas para o tratamento do câncer têm surgido, a cada dia. E a nossa preocupação é garantir que nosso paciente, ao nos procurar, encontre o melhor quanto à prevenção, ao suporte e ao tratamento. É preciso pensar no paciente como um todo e não somente na doença”, conclui o Dr. Caio Neves.
